ANÁLISE DA FADIGA DOS MÚSCULOS ERETORES DA ESPINHA POR MEIO DA AMPLITUDE DO SINAL ELETROMIOGRÁFICO DURANTE CONTRAÇÕES SUBMÁXIMAS REALIZADAS NO TESTE DE SORENSEN

Fernando Sérgio Barbosa, Mauro Gonçalves

Resumo


A fadiga dos músculos eretores da espinha tem demonstrado ser um importante fator relacionado com sobrecargas imposta à coluna lombar, responsáveis por lesão em seus elementos passivos e, consequentemente dor. Nesse sentido, protocolos que permitam a avaliação do comportamento de músculos lombares precisam ser testados. O presente estudo avaliou os músculos iliocostal e multífido durante a realização de contrações isométricas a 5%, 10%, 15% e 20% da contração isométrica voluntária máxima (CIVM) até a exaustão. Participaram do estudo 20 voluntários do gênero masculino, saudáveis e posicionados em decúbito ventral sobre uma mesa de teste. Eles realizaram a extensão isométrica do tronco em posição neutra enquanto a atividade eletromiográfica (EMG) era registrada. Os músculos foram avaliados por meio dos valores de root mean square (RMS) obtidos do sinal EMG, que após procedimentos específicos foram correlacionados com o tempo de resistência isométrica. Dessa correlação foram obtidos valores de slope que permitiram a identificação da fadiga muscular. Os resultados demonstraram diferenças significantes entre os níveis de fadiga gerados pelas contrações a 5% e 20% da CIVM nos músculos iliocotal direito, iliocostal esquerdo e multífido esquerdo. Por outro lado, diferenças significantes entre os níveis de fadiga de diferentes músculos localizados do mesmo lado da coluna lombar (iliocostal direito versus multífido direito / iliocostal esquerdo versus multífido esquerdo) ou entre os mesmos músculos, mas localizados no lado direito e esquerdo (iliocostal direito versus iliocostal esquerdo / multífido direito versus multífido esquerdo) não foram observadas. Com os resultados obtidos no presente estudo, informações importantes relacionadas ao comportamento de músculos lombares em situação de esforços submáximos são conhecidas. Esses resultados proporcionam parâmetros objetivos de resistência desses músculos que podem ser úteis para efeito de futuros planejamentos de treinamento ou reabilitação e ainda novos protocolos de pesquisa.

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