O Teatro do Oprimido no enfrentamento do bullying: uma experiência com adolescentes escolares

Lidiane Cristina da Silva Alencastro, Wanderlei Abadio de Oliveira, Marta Angélica Iossi Silva

Resumo


O bullying escolar representa um fator vulnerabilizante para o processo adolescer, motivando impactos nos âmbitos físicos, psicológicos, sociais e de aprendizagem, em que os profissionais da saúde se apresentam como importantes atores nas práticas de promoção da saúde, de combate e enfrentamento deste fenômeno. O objetivo do estudo é descrever a experiência de implementação de uma intervenção, com o Teatro do Oprimido, para combater e auxiliar o enfrentamento do bullying entre adolescentes escolares, na perspectiva da promoção da saúde. O estudo foi realizado com adolescentes do Ensino Médio de uma escola de Cuiabá-MT. A intervenção foi composta por dois momentos, em que o primeiro representou a realização de jogos teatrais e o segundo, a realização de um Teatro-Fórum. A experiência na intervenção demonstrou que a estratégia auxilia na abordagem do bullying entre os adolescentes e pode ser utilizada de forma intersetorial pela área da saúde nas escolas.


Palavras-chave


Bullying; Adolescentes; Saúde escolar

Referências


Baraúna, T. (2013). Considerações sobre a Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire a Metodologia do Oprimido de Augusto Boal. Em: Ligério, Z., Turle, L., & Andrade, C. (Org). Augusto Boal: arte, pedagogia e política (pp.187-205). Rio de Janeiro: Mauad X.

Boal, A. (2013). Teatro do Oprimido e outras poéticas políticas. São Paulo: Cosac Naify.

Boal, A. (2015). Jogos para atores e não atores. São Paulo: Cosac Naify.

Brandão Neto, W., Silva, A.R.S., Almeida Filho, A.J., Lima, L.S., Aquino, J.M., & Monteiro, E.M.L.M. (2014). Intervenção educativa sobre violência com adolescentes: possibilidade para a enfermagem no contexto escolar. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, 18(2): 195-201.

Christensen, M.C. (2014). Engaging Theatre for social change to address sexual violence on a college campus: a qualitative investigation. British Journal of Social Work, 44: 1454-1471.

Cortez, E.A., & Silva, L.M. (2017). Pesquisa- Ação: promovendo educação em saúde com adolescentes sobre infecção sexualmente transmissível. Revista de Enfermagem UFPE online, 11(Supl9): 3642- 3649. Recuperado em https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/234495/27699

Cruz, P. Dramatización y habilidades sociales en educación Primaria. Estudio de caso: um alumno, objeto de bullying, con dificultades en asertividad. Revista de Comunicación de la SEECI, 42: 136-158.

Dall’Orto, F.C. (2008). O teatro do oprimido na formação da cidadania. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais, 5(2):1-16.

Fonseca, F.F., Sena, R.K.R., Santos, R.L.A., Dias, O.V., & Costa, S.M. (2013). As vulnerabilidades na infância e adolescência e as políticas públicas brasileiras de intervenção. Revista Paulista de Pediatria, 31(2): 258-264.

Lopes, G.T., Bernardes, M.M.R., Ribeiro, A.P.L.P., Belchior, P.C., Delphim, L.M., & Ferreira, L.S. (2014). Percepções de adolescentes sobre uso/dependência de drogas: o teatro como estratégia pedagógica. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, 18(2): 202-208.

Luz, R.T., Coelho, E.A.C., Teixeira, M.A., Barros, A.R., Carvalho, M.F.A.G., & Almeida, M.S. (2018). Estilo de vida e a interface com demandas de saúde de adolescentes. Revista Mineira de Enfermagem, 22:e-1097. Recuperado em http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/1235

Oliveira & Araújo, 2014 Oliveira, E.C.S., & Araújo, M.F. (2014). O Teatro Fórum como dispositivo de discussão da violência contra a mulher. Estudos de Psicologia, 31(2): 257-267.

Oliveira, E.C.S. (2014). “Eu também sei atirar”!: Reflexões sobre a violência contra as mulheres e metodologias estético políticas. Psicologia: Ciência e Profissão, 34(3): 555-573. Recuperado em http://www.scielo.br/pdf/pcp/v34n3/1982-3703-pcp-34-03-0555.pdf

Olweus, D. (2013). School Bullying: Development and Some Important Challenges. Annual Review of Clinical Psychology, 9(1): 751-780. Recuperado em http://www.annualreviews.org/doi/pdf/10.1146/annurev-clinpsy-050212-185516>

Paz, F.M., Teixeira, V.A., Pinto, R.O., Andersen, C.S., Fontoura, L.P., Castro, L.C. ... Horta, R.L. (2018). Promoção de saúde escolar e uso de drogas em escolares no Sul do Brasil. Revista de Saúde Pública 52(58). Recuperado em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102018000100250&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

Penso, M.A., Brasil, K.C.T.R., Arrais, A.R., & Lordello, S.R. (2013). A relação entre saúde e escola: percepções dos profissionais que trabalham com adolescentes na atenção primária à saúde no Distrito Federal. Saúde e Sociedade, 22(2): 542-553.

Pureza, J.R., Marin, A.H., & Lisboa, C.S.M. (2016). Intervenções para o Fenômeno Bullying na Infância: Uma Revisão Sistemática da Literatura. Interações em Psicologia, 20(3): 341 -352.

Santos, M.M., Perkoski, I.R., & Kienen, N. (2015). Bullying: Atitudes, Consequências e Medidas Preventivas na Percepção de Professores e Alunos do Ensino Fundamental. Temas em Psicologia, 23(4): 1017-1033.

Silva, J.L., Oliveira, W.A., Bazon, M.R., & Cecílio, S. (2013). Bullying na sala de aula: percepção e intervenção de professores. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 65(1): 121-137. Recuperado em http://pepsic.bvsalud.org/pdf/arbp/v65n1/v65n1a09.pdf>

Yoshihama, M., & Tolman R. (2015). Using interactive theater to create socioculturally relevant community- based intimate partner violence prevention. American Journal of Community Psychology, 55(1): 136-147.

Zequinão, M.A., Cardoso, A.A., Silva, J.L., Medeiros, P., Silva, M.A.I., Pereira, B., & Cardoso, F.L. (2017). Academic performance and bullying in socially vulnerable students. Journal of Human Growth and Development, 27(1):19-27.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.




ISSN: 1981-1330