Transtornos mentais comuns, depressão e ansiedade em gestantes de alto risco de um hospital universitário no sul do Brasil

Francieli Ribeiro Freitas Mello, Aline Groff Vivian, Maria Isabel Morgan Martins

Resumo


Os transtornos mentais comuns podem estar presentes durante a gestação de alto risco. O objetivo deste estudo foi investigar quais os transtornos mentais comuns são mais prevalentes nas gestantes de alto risco atendidas em um hospital no Sul do Brasil. Para isso, foi realizado um estudo quantitativo descritivo, participaram 39 gestantes, que responderam à ficha de dados sociodemográficos e os possíveis transtornos através da Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20), do Inventário Beck de Depressão (BDI) e do Inventário Beck de Ansiedade (BAI). Verificou-se que mulheres solteiras e divorciadas tiveram probabilidade 2,42 vezes maior de apresentar níveis de ansiedade moderado/grave e 28 vezes mais de apresentarem níveis de depressão moderado/grave. As gestantes que faziam uso de álcool apresentaram maior probabilidade de desenvolver depressão quando comparadas às que não faziam uso. Torna-se necessária a intervenção de uma equipe, que forneça apoio físico e emocional, que garanta tratamentos adequados para as gestantes de alto risco.


Palavras-chave


Comunicação Interdisciplinar; Enfermagem Obstétrica; Gravidez de alto risco; Transtornos mentais; Promoção da Saúde.

Texto completo:

POR PDF ING PDF

Referências


Allison, S. J., Stafford, J., & Anumba, D. O. C. (2012). The effect of stress and anxiety associated with maternal prenatal diagnosis on feto-maternal attachment. BMC Women’s Health, 11(33), 1-8. Doi: https://dx.doi.org/10.1186%2F1472-6874-11-33

Antoniazzi, M. P., Siqueira, A. C. E., & Farias, C. P. (2019). Aspectos Psicológicos de uma Gestação de Alto Risco em Primigestas Antes e Depois do Parto. Pensando fam., Porto Alegre, v. 23, n. 2, p. 191-207, dez. 2019. Disponível em Acessado: 31.07.20.

Arrais, A. R., Araujo, T. C. C. F. E., & Schiavo, R. A. (2018). Risk Factors and Protection Associated with Postpartum Depression in Psychological Prenatal Care. Psicol. cienc. prof. [online]. vol. 38, n° 4, 711-729. Doi: https://doi.org/10.1590/1982-3703003342016

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico. 5° ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde. (2012). Disponível em Acessado: 20.07.2020.

Beck, A. T., & Steer, R. A. (1993). Beck Depression Inventory. Manual. San Antonio: Psychology Corporation.

Brito, L. S. A., Lopes, L. F., & Barros, L. C. S. (2019). Perfil epidemiológico de gestantes de alto risco e o acompanhamento realizado por enfermeiros na regional ilha do bananal no estado do Tocantins. Revista Cereus. Vol.8/Núm.1 doi: https://doi.org/10.18606/2318

Brum, E. H. M. et al. (2019). Ansiedade e depressão materna: uma análise da prevalência em uma estratégia da família em Maceió/Alagoas. Revista Psicologia & Saberes. v. 8, n° 13. Doi: https://doi.org/10.3333/rps.v8i13.1096

Caldas, D. B., Silva, A. L. R., Böing, E. C., & Custódio, Z. A. O. (2013). Atendimento psicológico no pré-natal de alto-risco: a construção de um serviço. Psicol. hosp. (São Paulo) [online]. vol.11, n°1, 66-87. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-74092013000100005 Acesso em 31 de jul. de 2020.

Cunha, J. A. (2001). Manual da versão em português das Escalas Beck. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Fernandes, J. A., Venâncio, S. I., Pasche, D. F., Silva, F. L.G., Aratani N., & Tanaka, O.Y. et al. (2020). Avaliação da atenção à gestação de alto risco em quatro metrópoles brasileiras. Cad. Saúde Pública, 36 (5), e00120519. doi: https://doi.org/10.1590/0102-311x00120519

Gomes, A. L., & Piccinini, C. A. (2010). Malformação no bebê e maternidade: aspectos teóricos e clínicos. Psicologia Clínica,22(1), 15-38. Disponível em Acessado:31.07.2020

Hertling-Schaal, E., Perrotin, F., Poncheville, L., Lansac, J., & Body, G. (2001). Maternal anxiety induced by prenatal diagnostic techniques: Detection and management. Gynecologie et Obstetrique Fertilité, 29 (6), 440-446. Doi: https://doi.org/10.1016/s1297-9589(01)00158-8

Jha, S., Salve, H. R., Goswami, K., Sagar, R., & Kanti, S. (2018). Burden of common mental disorders among pregnant women: a systematic review. Asian Journal of Psychiatry, v. 36, p. 46–53. doi: https://doi.org/10.1016/j.ajp.2018.06.020

Lopes, R. S., Lucchese, R., Souza, L. M. M., Vera, G. C. S., & Revora, S. M. (2019). O período gestacional e transtornos mentais: evidências epidemiológicas. Humanidades & Tecnologia em Revista (FINOM). ISSN: 1809-1628. Ano XIII, vol.19, Ago-Dez 2019. Disponível em Acessado: 3107.2020.

Lowdermilk, D. L., & Perry, S. E. (2008). Enfermagem na Maternidade. Loures: Lusodidacta.

Manjrekar, S., & Patil, S.; (2018). Perception and Attitude toward Mental Illness in Antenatal Mothers in Rural Population of Southern India: A Cross-Sectional Study. J Neurosci Rural Pract, v. 9, n° 4, 473-477. doi: https://doi.org/10.4103/jnrp.jnrp_535_17

Marchetti, D., &Moreira, M. C. (2015). Vivências da prematuridade: a aceitação do filho real pressupõe a desconstrução do bebê imaginário? Rev. Psicol. Saúde, Campo Grande, v.7, n°1, 82-89, jun. 2015. Disponível em: Acessado: 31.07.2020.

Reis, D. M., Pitta, D. R., Ferreira, H. M. B., Jesus, M. C. P., Moraes, M. E. L., & Soares, M. G. Educação em saúde como estratégia de promoção de saúde bucal em gestantes. Ciênc. saúde coletiva; 15 (1), 269-276. doi: https://doi.org/10.1590/S1413-81232010000100032

Santos, C. F., & Vivian, A. G. (2018). Apego materno-fetal no contexto da gestação de alto risco: Contribuições de um grupo interdisciplinar. Diaphora: Revista da Sociedade de Psicologia do Rio Grande do Sul, 18 (2), 9-18. Disponível em Acessado: 31.07.2020.

Vivian, A. G., Souza, F. P., & Silva, J. C. (2020.) Apoio social em gestantes de alto risco. In: Matos TNF. A psicologia em suas diversas áreas de atuação. Ponta Grossa, PR: Atena.

Vivian, A. G., Tovo, M. F., & Salum, T. N. et al. (2018). “O Bebê e Seu Mundo: Programa Interdisciplinar de Promoção da Saúde Materno-Infantil e Atenção à Primeira Infância”. Projeto de pesquisa não publicado. Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde (PPG Pró Saúde), Mestrado em Promoção da Saúde, Desenvolvimento Humano e Sociedade, Universidade Luterana do Brasil, ULBRA/Canoas, RS.

Wilheim, J. (2000). Psiquismo pré e perinatal. In: Caron, N. A. organizadora. A Relação Pais-Bebê da observação à clínica. São Paulo: Casa do Psicólogo. 135-77.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.




ISSN: 1981-1330