A SUPLEMENTAÇÃO COM CAFEÍNA EM RATOS SUBMETIDOS A UMA SESSÃO DE EXERCÍCIO FÍSICO EXAUSTIVO MODULA PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS.

Barbara Aparecida Fernandes Praseres, Aline Alves da Silva, Nicole Dominique Santos de Falco, Luiz Henrique de Moura, Bruna Kempfer Bassoli, João Rafael Valentim-Silva, Daniela Cristina Lemos de Carvalho

Resumo


O exercício físico é uma das situações de estresse mais difíceis a que o corpo humano pode ser submetido, de modo que durante sessões de exercício vigoroso, muitos dos parâmetros homeostáticos são modificados e o corpo começa a reagir visando reequilibrar o organismo. A exposição crônica a situações de exercício promove adaptações na maioria das vezes benéficas, porém, sessões agudas e vigorosas de exercício costumam acarretar alguns malefícios e nesse sentido substâncias têm sido buscadas para diminuir esse efeito e aumentar o desempenho físico. Nesse contexto, a cafeína, encontrada em diferentes bebidas e alimentos, é amplamente utilizada e sabe-se que ela possui efeitos em diferentes pontos do metabolismo do sistema nervoso central, gorduras e de diferentes órgãos. Assim, o presente estudo buscou identificar os efeitos da suplementação de 8 mg/kg de cafeína no perfil hematológico de ratos submetidos a uma sessão aguda de exercício exaustivo. Selecionou-se um grupo de 16 ratos Wistar machos adultos sedentários (172,8+ 9g), divididos de forma randômica em grupo controle que recebeu água e um grupo que recebeu 8 mg de cafeína /kg por entubação gástrica com 30 minutos de antecedência ao início do experimento. Após, os animais foram submetidos a uma sessão de natação em aquário com 60 cm de profundidade e água a 28°C, com uma sobrecarga de chumbo equivalente a 7,5% do seu peso, até a exaustão (ponto em que o rato se mostrava praticamente incapaz de chegar à superfície da água para respirar). Em seguida procedeu-se à retirada de 1 ml de sangue para análises hematológicas, nas quais determinou-se o hematócrito através da centrifugação em centrífuga de microhematócrito, e a contagem de plaquetas em lâmina para microscopia óptica com esfregaço de sangue corado com hematoxilina e eosina. Finalmente, ao analisar os dados utilizando-se o teste “t” de Student, adotando-se o nível de significância de 5%, observou-se que dentre todos os parâmetros hematológicos analisados, a suplementação com 8mg de cafeína/kg foi capaz apenas de aumentar a contagem das plaquetas 261429,6 + 31847,85 em relação ao grupo controle 243714,3 + 80982,95 (p<0,05). Portanto, conclui-se a administração de cafeína antes de uma sessão de exercício até a exaustão é capaz de aumentar a contagem de plaquetas, fato que representa um possível efeito benéfico para quem apresenta níveis de contagem plaquetária muito baixa e deseja iniciar a prática de exercícios físicos.


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