QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS NO MUNICÍPIO DE JI-PARANÁ - RO.

Amanda Brito Pereira, Priscilla Perez Pereira

Resumo


O envelhecimento traz mudanças biopsicossociais na vida do indivíduo trazendo a necessidade de adaptação às limitações decorrentes do avanço da idade e a perda gradativa da independência. Dentre as deficiências que ocorrem na velhice, muitas vezes o idoso fica dependente de outra pessoa para realizar algumas atividades diárias básicas. Assim, alguns indivíduos têm a necessidade de um cuidador, adaptações nas condições financeiras e acompanhamento emocional. Como algumas famílias não disponibilizam de recursos para vivenciar essa nova realidade, as instituições chamadas de longa permanência para idosos são opções para o atendimento aos idosos dependentes. Este trabalho teve como objetivo a caracterização da qualidade de vida dos idosos institucionalizados do Lar do Idoso Aurélio Bernardi no município de Ji-Paraná/RO. A abordagem foi quantitativa, descritiva e de corte transversal, utilizando-se um questionário de Qualidade de Vida padronizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Entre os critérios de exclusão, a utilização do MEEM determinou os indivíduos capazes cognitivamente de responder adequadamente o questionário de Qualidade de Vida. Foram entrevistados primeiramente 45 idosos submetidos ao MEEM, destes 11 atingiram o escore necessário para responderem o questionário de Qualidade de Vida, sendo 8 do sexo masculino e 3 do sexo feminino. Entre os resultados obtidos encontrou-se que na capacidade funcional 45,5% atingiram o escore de 25 a 75, 18,2% obteve um resultado negativo abaixo de 25 e apenas 36,4% atingiram um escore satisfatório de 75 a 100. Na limitação por aspectos físicos a grande maioria correspondente a 54,5% obteve resultado negativo abaixo do escore 25, e apenas 9,1% obteve o escore máximo de 100, tendo 36,4 ficaram entre 25 a 75; 63,6% dos idosos afirmaram não sentir dor atingindo o escore 100, 18,2% atingiram 42 e 18,2% atingiram 84. No estado geral de saúde a grande maioria 72,7% obteve o resultado de 25 a 75, 9,1% ficaram abaixo do escore 25 e apenas 18,2% obtiveram um escore positivo de 75 a 100. Na vitalidade 72,7% atingiram de 75 a 100, 9,1% abaixo de 25 e 18,2% atingiram de 25 a 75. Nos aspectos sociais 54,5% atingiram o escore máximo, enquanto 27,3% ficaram entre 25 a 75 e 18,2% abaixo de 25. Nos aspectos emocionais 54,5% atingiram o escore de 33,3, 27,3% atingiram 66,6 e 18,2% atingiram 100. Na saúde mental 81,8% ficou entre 25 a 75, 9,1% abaixo de 25 e outros 9,1% entre 25 a 75. Foi observada uma deficiência emocional e física significativa nos idosos e uma falta de cuidados especializados. Porém, os próprios idosos possuem uma percepção positiva sobre a vida, afirmando que vivem bem e com saúde. Vê-se uma necessidade de atitudes positivas em relação aos idosos sendo necessário o conhecimento sobre o envelhecimento e as necessidades de cuidado de saúde destes. O atendimento as necessidades e o desenvolvimento da capacidade de auto cuidado devem ser prioridades para a enfermagem no desenvolvimento de suas ações, buscando sempre a qualidade de vida do indivíduo em qualquer etapa da vida.

 

Palavras-chave: Qualidade de vida. Idoso. Institucionalizado.


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