O 1984, de Orwell, e a política do terror no combate ao terrorismo: as intervenções "humanitárias" no programa de caça ao inimigo

Gustavo Pereira de Oliveira Lima, Guilherme Primo

Resumo


O presente trabalho visa explicar os eventos terroristas e a política atual de direitos humanos a partir de uma concepção que foge ao discurso simplista e maniqueísta recorrente, seja na academia, seja nos meios que detêm a formação da opinião pública. No primeiro capítulo, é feita uma análise da ideia de biopolítica e suas relações com a mídia, sendo estas duas ferramentas importantes da concepção de “Império”. No segundo capítulo, é demonstrado o equívoco na relação entre violência, terrorismo e Islã, por meio de uma análise histórica do uso do terror para a persecução dos mais diversos fins políticos, desde séculos passados até os dias de hoje. Não obstante, buscamos demonstrar o debate em torno do discurso dos mais diversos autores quanto ao âmbito da culpa ocidental para o problema suscitado. No terceiro capítulo, o foco é a desconstrução da concepção formalista atual (que engessa a efetividade das políticas de direitos humanos) através de uma analogia que questiona, também, as bases da democracia liberal. Todos os capítulos são permeados por analogias entre a obra 1984, de George Orwell, e a ideia de criação da imagem do inimigo como forma de manter o sistema internacional.


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