ESTUDO DO POTENCIAL ANTIMUTAGÊNICO DA RUTINA E DO ÁCIDO ROSMARÍNICO ATRAVÉS DO TESTE SMART EM Drosophila melanogaster – RESULTADOS PARCIAIS

Taiah Rajeh Rosin, Renata Schüttz Lemos, Rodrigo Antonio de Campos, Juliana Bittencourt Laranjeira, Luciano André Assunção Barros, Mariana do Amaral Flores, Rafael Rodrigues Dihl, Mauricio Lehmann

Resumo


Os compostos fenólicos possuem amplas ações biológicas envolvendo não apenas o papel nutricional, mas também ações terapêuticas. Entres estes encontram-se a rutina (RT) e o ácido rosmarínico (AR). O objetivo do estudo foi avaliar a atividade antimutagênica da RT e do AR sobre os danos genéticos induzidos pelo etil-metanossulfonato (EMS). Para tanto foi utilizado o teste para detecção de mutação e recombinação somática (SMART) em Drosophila melanogaster nos protocolos de cotratamento e pós-tratamento, nas concentrações de 25; 50 e 100 mg/ml para ambos os compostos, enquanto o EMS foi administrado em duas concentrações, 5 mM no cotratamento e 46 mM no pós-tratamento.  Os resultados mostram que a RT, no protocolo de cotratamento, reduziu a frequência de danos genéticos induzidos pelo EMS. Por outro lado, neste mesmo protocolo, o AR não apresentou efeito modulador. No protocolo de pós-tratamento ambos os compostos não foram capazes de alterar significativamente a frequência de danos induzidos pelo EMS. O efeito protetor observado para RT no protocolo de cotratamento indica que este flavonoide apresenta ação protetora mais ampla, do que apenas a atividade antioxidante, já descrita na literatura, visto que o EMS não é capaz de induzir danos oxidativos no DNA. Desta forma, a RT parece competir com sítios nucleofílicos celulares (proteínas, RNA e DNA) protegendo-os do ataque pelo agente alquilante. Além disso, a ausência de modulação no protocolo de pós-tratamento indica que este composto não interfere nos mecanismos de reparação do DNA.


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DOI: https://doi.org/10.4322/ic.v0i18.6442