Educação ambiental autopoietica em redes de conversações na vida cotidiana

Soler Gonzalez, Andreia Teixeira Ramos

Resumo


Este texto-vida é um exercício coletivo com os movimentos de pensar o potencial do ambiental na Educação, com inspirações nos estudos do biólogo chileno Humberto Maturana, que nos fez apostar nas Educações Ambientais Autopoiéticas, tecidas com as redes de conversações na vida cotidiana. Queremos colocar à mesa de discussão a Biologia do Conhecer, ressaltando a noção de autopoiese, e a Biologia do Amor, destacando a potência das conversas, como atitude metodológica, ética, estética e de política cognitiva e de narratividade. É também um convite aos encontros com os campos problemáticos de duas pesquisascartográficas em EA com os cotidianos da Baía de Vitória/ES, áreas de manguezais, matas, comunidades ribeirinhas, bandas de congo, conflitos, carnavais, amores, convivências e culturas capixabas. O desejo das pesquisas foi acompanhar processos e movimentos das Educações Ambientais Autopoiéticas que não se capitalizam, rizomáticas, que não se guardam, pós-modernas, inventivas, menores, pós-coloniais, dos trópicos, dos que vêm das margens, dos infames, que descolonizam os pensamentos e que nos devoram. Os objetivos das pesquisas foram cartografar e problematizar os saberesfazeres socioambientais que emergem com as redes de conversações e com as relações de convivência entre os sujeitos praticantes dos cotidianos, no exercício de aceitação do outro como legítimo outro junto a nós na amorosidade negociando as tensões da vida cotidiana. Na produção de dados das duas pesquisas, utilizamos diários de campo, fotografias, conversas autorizadas e transcritas, deslocando a “sustentabilidade” praticada em discursos oficiais e pelo mercado verde, para o sustentabilizar como domínio de ação na convivência. Este texto-vida desejou potencializar as dimensões das Educações Ambientais Autopoiéticas e ventilar os possíveis no devir cotidiano, num movimento de rasurar, rachar as coisas, rachar as palavras e de jamais interpretar, num movimento de experimentar as dobras e redobras na vida cotidiana.


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