Formação inicial de professores: como derrubar a iniquidade da exclusão à informação?

Maria Celina Teixeira Vieira

Resumo


A pesquisa, como um todo, propôs-se a conhecer as condições e a compreensão de leitura de alunos em processo de formação profissional, de licenciaturas diversas, quando em interação com diferentes gêneros textuais. Este trabalho está organizado em três subpesquisas articuladas. Uma delas foi o estudo exploratório sobre o papel do professor formador na mediação da leitura do futuro professor. Entendemos que a forma como a leitura é trabalhada nos cursos de formação de professores já estabelece uma relação com a leitura profissional e/ou social.  Objetivamos, então, averiguar o papel do curso de formação inicial de professores, enquanto possibilitador de práticas de letramento, mediação leitora e integração entre biblioteca e sala de aula. O estudo ocorreu numa instituição particular, confessional de referência na cidade de São Paulo, SP, Brasil. Foram feitas entrevistas semiestruturadas com professores atuantes no curso de formação de professores, os quais fizeram Mestrado e Doutorado na área de Educação, mantendo um ritmo de atualização profissional constante. Para esses formadores ser professor envolve o aprender que é uma ação que não tem fim, sendo a prática de leitura uma porta aberta para o universo. Ler, segundo eles, é uma grande competência que se desenvolve em processos desde decodificação até a interpretação. Os professores participantes têm possibilitado diferentes experiências de leitura em sala de aula no diálogo leitor-texto-autor/contexto e entendem que o professor é um provocador e/ou incentivador, no sentido de tornar o aluno sujeito do ato de ler, mas têm encontrado dificuldade em transferir, progressivamente, para os alunos, o controle de sua aprendizagem e eles próprios se tornarem dispensáveis ou, até, desnecessários.

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