(Des)estabilidades do regime ciscolonialista a partir do caso da estudante/atleta Mariana Carvalho dos Santos

Resumo

Desenvolvemos um estudo de caso com a estudante/atleta Mariana Carvalho dos Santos, uma mulher transexual negra, de classe social baixa e periférica, graduanda em Educação Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Problematizamos o regime ciscolonialista que rege as instâncias sociais às quais Mariana transita, com destaque à Universidade e ao Esporte nas modalidades judô e voleibol. Nossos apontamentos indicam resistências à Mariana, que sofre processos transfóbicos ciscolonialistas, com a não passabilidade de gênero, com o não reconhecimento de sua identificação, com os trâmites burocráticos do Estado, da Universidade e das práticas esportivas, bem como das resistências para poder atuar no mercado formal da Educação Física.