MONTANHAS DE CIMENTO E DE AÇO: O ANTROPOCENO EM "MAGNIFICAT", DE FELIPPE D'OLIVEIRA

Ernani Silverio Hermes, Lucas da Cunha Zamberlan

Resumo


O antropoceno toma propulsão enquanto categoria analítica a partir das geociências, sobremaneira com os estudos de Crutzen e Stoermer (2000). Esse termo indica uma nova era na história planetária delimitada pela ação humana, escalada a ponto de se tornar uma força geológica capaz de mudanças estruturais na Terra. Esse cenário escapa ao horizonte teórico das ciências exatas e naturais e alcança as humanidades, como a teoria literária que o toma como uma chave de leitura para a literatura. Nesse sentido, o objetivo deste artigo é analisar o poema “Magnificat”, de Felippe D’Oliveira, publicado no livro Lanterna Verde, de 1926, operacionalizando o antropoceno como vetor da interpretação do texto. Para tanto, em uma primeira seção, destacamos o conceito de antropoceno e, na sequência, uma análise do poema, sublinhando a imagística do antropoceno que emerge dos versos do poeta a partir do contraste entre um mundo da modernidade e um mundo natural.


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