Recursos imersivos em “Henry”: narrativas para crianças com tecnologias de Realidade Virtual

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar os recursos imersivos presentes na obra de Realidade Virtual (RV) “Henry”, dos produtores da empresa Oculus Story Studio, vinculada à Oculus/Meta, Ramiro Lopez Dau e Saschka Unseld, com base no modelo teórico proposto por Ermi e Mäyrä (2005). Para tanto, inicialmente apresentamos uma breve introdução sobre mídias dotadas de tecnologias de Realidade Virtual e seus usos na construção de narrativas imersivas, com ênfase no campo da literatura infantil. Em seguida, apresentamos uma discussão sobre os conceitos de imersão, envolvimento e senso de presença. Por fim, trazemos uma descrição da obra selecionada e analisamos os seus principais recursos imersivos. As análises estão focadas nas cenas em que os recursos de imersão são empregados com maior intensidade, de forma a produzir a ilusão de presença no observador durante a fruição da narrativa, de um lado, instigando-o a uma identificação afetiva com os estados emotivos do protagonista, de outro lado.